"[O POETA DO SILENCIO]".
Andava pela estrada um homem,alto forte,
com uma mochila nas costas,
parecia que seu objetivo era andar e andar.
Estatísticas feitas ainda não descobriram o que leva a uma pessoa tomar essa atitude de andar sem rumo,
e esse não fugia à regra.
Mas o destino dele,estava marcado em uma determinada curva da estrada que ele caminhava,sem ter um final.
Um caminhão desgovernado,invadiu o acostamento atropelando-o ferindo-o gravemente.
Socorrido,não portava documentos barba por fazer,
mas extremamente asseado.
Ficou em estado de coma,por muito tempo.
Quando acordou não falava,só tinha o olhar perdido no horizonte bem longe dali donde se encontrava,em direção aquela estrada.
E os anos foram se passando seu quadro clínico não se alterava.
Não emitia um som qualquer,mas tinha um semblante angelical,sereno e calmo como se andasse nas nuvens.Durante muito tempo permaneceu assim.
Tinha um costume,de sempre andar com uma caneta na na mão,acariciando-a entre os dedos.
Andava pelos bosques da casa de recuperação que o acolheu,depois que saiu do hospital.
Sentava-se num pé de árvore aqui,outra hora ali,e assim ia passando os seus dias de silêncio.
Numa manhã de primavera,as flores do campo em festa,ele andava entre elas desviando-as para não pisa-las.
Deitou-se e faleceu.
Acharam-no horas depois,deitado com a caneta numa mão,
e na outraum papel escrito,com uma caligrafia de mestre..que dizia assim...
"ENCONTRO".
Vesti-me de saudade viva
Saí por esse mundo afora
Para encontrar uma saída
Para tristeza que em mim mora
Encontrei no meu destino
Uma curva no caminho
Que formou um desatino
Emaranhado de espinho.
Que perto estava o amor
De matar a saudade viva
Que antes morreu de dor
Que o coma parou a ida.
Hoje morro na paz feliz
Sabendo para onde vou
E dize-la,tudo o que fiz
Que o tempo não apagou...
Ass: O poeta do silencio"...
Vesti-me de saudade viva
Saí por esse mundo afora
Para encontrar uma saída
Para tristeza que em mim mora
Encontrei no meu destino
Uma curva no caminho
Que formou um desatino
Emaranhado de espinho.
Que perto estava o amor
De matar a saudade viva
Que antes morreu de dor
Que o coma parou a ida.
Hoje morro na paz feliz
Sabendo para onde vou
E dize-la,tudo o que fiz
Que o tempo não apagou...
Ass: O poeta do silencio"...
Soube-se tempos depois,que na próxima cidadezinha morava sua ex.esposa,que faleceu dias depois do acidente dele!!!
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